sábado, 5 de abril de 2008

Stephen, Roland e sua Ambiciosa "Torre Negra"

O que se pode passar na cabeça de um jovem de 19 anos? Vou estudar para me formar e ter a minha independência ou então eu quero é curtir o restante da minha juventude.Agora mesmo eu vou tomar todas ali com meus amigos,volto já.

Não na cabeça de Stephen King.

Aos dezenove Stephen quebrava as barreiras de padrões críticos e sociais que consideravam O Hobbit e o Senhor dos Anéis uma "literatura marginal" e "absurdamente fantasiosa" e lia avidamente as magníficas obras de Tolkien, como todo jovem leitor que se interessa por fantasia épica hoje em dia. Fato que não ocorria aos jovens do ínicio da decada de 70 que, exceto uma discriminada parcela, curtiam baladas do rock'n roll britânico e iam à bailes de escola para paquerar e , de forma escondida, fazer o que mais condenavam e criticavam nos hippies da época. Puxar um baseado.

Mas não na cabeça de Stephen King.

O jovem de 19 anos, que atendia pela alcunha de Stephen Edwin King, tinha em sua mente um desejo e uma ambição.Escrever. E escrever bem. Foi assim que ele deu início a série mais ambiciosa de sua carreira, " A Torre Negra", de sete volumes e que durou 33 anos para ser concluída, em 2003.
A Torre Negra
narra a aventura do pistoleiro Roland de Gilead em sua caçada à Torre Negra, a fonte controladora do tempo e do espaço, e única capaz de "salvar" o seu mundo - diferente do nosso e de aspecto cavaleirisco, lembrando as crônicas Arthurianas - que "seguiu adiante".
Durante o percurso, Roland passa pelas mais variadas situações que contrariam as regras do tempo e espaço, como viajar no tempo e entrar em portais dimensionais como enfrenta também monstros fantasiosos em um cenário fantástico, digno de uma aventura baseada no estilo de J.R.R. Tolkien. Além do mais, também entra no intimo do ser humano, mostrando a fundo as suas características marcantes , mostrando através de Roland e dos demais personagens, os defeitos, as qualidades e , acima de tudo, mostra o que um ser é capaz de fazer em busca de um objetivo.
É um clássico e , mais que isso, é um épico pois envolve - além de sua longa narrativa - um cenário repleto de influências, conceitos e criatividade, que só confirma e faz jus ao posto de Stephen King como um dos maiores escritores da contemporâneidade.

Para os que já leram: Fantástico, não?
Para os que ainda não leram : Será fantástico, vocês verão.


Diego.

Um comentário:

AMANA MEDEIROS disse...

Já te falei sobre o seu "Q" jornalístico?